Quem disse que a casa de praia tem que ser desarrumada ou não merece atenção na escolha dos objetos de decoração? Mesmo não sendo frequentada o ano todo, esse refúgio litorâneo pode abusar do requinte e da sofisticação. E isso engloba desde a elaboração de uma decoração de casa de praia com espaços mais despojados – com uma combinação do tipo clean – até àqueles espaços mais elaborados com objetos luxuosos.
Tudo vai depender das preferências pessoais dos proprietários, aliada a uma boa composição. É o que explica a arquiteta Samara Barbosa: “o importante na decoração da casa de praia é entender que o ambiente merece uma atenção especial e não deve ficar em segundo plano. Casas de praia podem e devem ser ambientes sofisticados”.
Nesse sentido, o cuidado com os detalhes pode fazer toda a diferença na hora de compor os ambientes com charme e elegância na decoração de casa de praia. Uma boa dica para começar é investir na praticidade e frescor dos objetos. Assim, é preciso ter cuidado com a umidade dos lugares evitando tapetes muito grossos, por exemplo.
“Revestimentos que facilitem a limpeza e a circulação de ar são importantes. Plantas e elementos que remetam ao clima tropical também são bem-vindos. Já os objetos em metal devem ser evitados porque oxidam facilmente”, explica a arquiteta Bruna Moribe. Referências náuticas como miniaturas de barcos, objetos com cordas e conchas também têm o seu lugar garantido, destaca a arquiteta.
Especializada em objetos, a Compagnia Internazionale CASA destaca entre sua ampla gama de objetos, materiais como porcelana, vidro, cristal e pedra sabão. Porém, o destaque para a casa de praia fica a cargo dos castiçais e lanternas. “Com pegadores em corda ou couro e estrutura em fibra e madeira, as luminárias agregam beleza e sofisticação aos ambientes”, afirma João Hyczy, proprietário da loja. Castiçais coloridos em cerâmica terminam de compor as opções de decoração com velas, que ajudam a criar uma atmosfera mais intimista e acolhedora.
E para promover um ambiente mais rústico, produtos em fibras naturais podem ser uma boa aposta. Porém, se as peças forem para um ambiente externo é melhor apostar nas fibras sintéticas, que não se deterioram facilmente com a exposição ao tempo. “As peças para ambientes externos e sem cobertura devem receber a mesma atenção dispensada aos internos. O morador deve cuidar de dois pontos em especial: a estrutura e acabamento da peça”, destaca Élio Mazaratto, proprietário da Raffinato Móveis e Decorações. A loja oferece chaises, cadeiras, poltronas, entre outros produtos, em fibra sintética e estrutura em alumínio, que garantem mais durabilidade às peças.
E os cuidados com a decoração de casa de praia passam também pela manutenção dos imóveis. Rachaduras, trincas, fragmentação do concreto superficial, umidade e rebaixamento da estrutura são alguns dos indícios de que é necessária uma reforma. Os motivos que levam aos problemas podem ser de ordem natural, como chuvas ácidas, maresia e vapores ou ainda falhas de execução, detalhamento ou especificações de projetos.
Para reparar os problemas, segundo o engenheiro civil e sócio proprietário da Fibonacci Construções, Carlos Tadeu Forville, é necessário fazer um estudo em função do uso e local da edificação. Segundo ele, no passado, em função do pouco conhecimento sobre o comportamento estrutural, as soluções se limitavam à adição de novos elementos, apoios e ao acréscimo às seções estruturais para reforçar o existente, o que não acontece na atualidade.
“Com o conhecimento mais apurado do comportamento das estruturas, maior aprimoramento das técnicas de reforço e o desenvolvimento de novos materiais existem hoje soluções e materiais específicos para cada situação como, por exemplo, concretos prontos tipo graute epóxi e cimentício, argamassas especiais de alta resistência, pontes de ligação (adesivo estrutural), aditivos líquidos para inibir corrosão, aditivo estrutural a base de epóxi para impregnação e colagem de tecidos de fibra de carbono e lâminas de fibra de carbono que são coladas às estruturas”, explica.
O engenheiro destaca ainda que os principais responsáveis por esses danos são íons de cloreto, mais precisamente de sódio, características comuns da maresia, que atacam as armaduras, comprometendo a integridade estrutural dos imóveis.
Imagens: Projeto Samara Barbosa por Smart Arquitetura – Residência de Veraneio – Jurerê Internacional (SC). Crédito: Marcelo Stammer.
Projeto Bruna Moribe – Casa Cor Paraná – Morada de um casal navegador. Crédito: Gerson Lima.
Adaptação de matéria publicada pela Revista LUSH
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