A pequena Doroty, do Mágico de Oz já dizia: “não há lugar como a minha casa”. Para ela, nada se comparava a alegria de retornar ao lar. E assim é com todos. Mas como fazer da decoração de casa o lugar mais desejado e mais confortável do mundo? Apesar do conceito do que é conforto ser bem pessoal e até intransferível, alguns cuidados, como a escolha dos móveis, objetos, tapetes e revestimentos são unânimes quando o objetivo é se sentir bem. Vejas as dicas que separamos!
Já adiantamos: não existe uma regra para a decoração de casa, mas quando se consegue satisfazer a visão, o contato, a audição o resultado pode ser surpreendente. Detalhes como iluminação, térmica, acústica, cores e texturas são básicos quando se fala em relax absoluto. Na busca pelo o que realmente remete a conforto em arquitetura e decoração, o blog trouxe profissionais que mostram como os detalhes diferem no conjunto. Respeitar o estilo de vida do morador, sua personalidade, considerar as atividades que pratica, a região em que vive, a funcionalidade de cada ambiente, independentemente do tamanho, são pontos considerados essenciais por todos.
“Para gerar conforto, primeiro, o ambiente tem que cumprir com sua função, respeitando fluxos, circulações e estética. Depois, equilibrar as questões técnicas que envolvem: conforto térmico e temperatura ideal. Por exemplo, em uma região que predomine o clima frio, trabalhar com acabamentos "quentes" como pisos de madeira, carpet, tapetes sobre pisos frios; utilizar tecidos como camurça, chenile, veludo nos estofados; revestir paredes com tecido, papel e painéis de parede. Já em uma região quente os acabamentos frios como mármores, granitos e porcelanatos são bem-vindos. Tecidos leves como algodão e voil, cores claras, estampas tropicais, enfim, materiais que transmitam uma sensação de frescor”.
Arquitetas Karina Kawano e Denise Tiemi Maruishi
Integrar os espaços, criando amplitude visual e permitindo uso simultâneos, foi a estratégia de Karina e Denise para este projeto. A opção pela lareira, automação no home theater, nas cortinas e na iluminação refletem a busca pelo conforto via praticidade. Foto by Álvaro Franco.
“É importante levar em conta o ambiente. Na sala de estar, iluminação indireta e tons harmônicos. Quando possível, os móveis devem ser grandes e multifuncionais. No escritório, mesas grandes e poltronas confortáveis para trabalhar. Na sala íntima, sofás e chaises perfeitas para um home theater, acomodando a família inteira. O importante na escolha de tudo é o conjunto. Tapetes, cortinas, objetos, plantas, obras de arte, ou seja, detalhes que diferenciam o projeto, tornando-o mais aconchegante”.
Arquitetas Juliana Slaviero Campos e Leticia Kracik Breda.
No ambiente das arquitetas foi usada uma iluminação indireta nos cortineiros e tons harmônicos no mobiliário e nos revestimentos. O sofá da sala tem opção de se transformar em uma chaise casal e o encosto também é retrátil. Foto by Amarildo Henning.
“Nenhum ambiente será confortável se estiver muito quente ou muito frio. Ou com muito ruído. A iluminação também é fundamental, tanto a natural quanto a artificial. As cores também influenciam de maneira decisiva. O efeito pode ser quente ou frio, de tensão ou de repouso, ou mesmo repulsivo ou atraente. Portanto, a escolha das cores deve estar diretamente ligada à sensação que se pretende dar àquele determinado espaço. O mobiliário ergonomicamente correto é outro item fundamental. Os revestimentos, tapetes, cortinas e objetos complementam o espaço e, além de cumprir seu papel funcional, devem trazer aconchego”.
Arquiteta Varinia Schwartz.
Na sala de estar, a lareira é o ponto focal do espaço, que mistura mármore travertino romano bruto, madeira de demolição e espelho. O preto e o cru predominam, sendo quebrados pelos tons terrosos da seda da cortina e almofadas, que trazem calor e aconchego. Fotos by Álvaro Franco.
“Tons mais quentes e aveludados, por exemplo, propiciam um melhor acolhimento térmico. Caso se opte por neutros, cores como fendi, camurça, ocre também envolvem o ambiente, porém com mais suavidade. Outra opção para a decoração de casa é o papel de parede texturizado, com diversas opções de toques e cores, que substitui a textura feita com massa, dando sofisticação. O mobiliário com madeirados de tons mais fortes proporciona melhor sensação acústica. Também o tecido com trama mais fechada e toque macio poderá ter a mesma serventia, se revestindo paredes. Entretanto, nenhuma dessas dicas faz efeito sem um bom projeto de iluminação. É sempre importante ter áreas de sombra e claridade para evidenciar diferenças de texturas, cores e materiais. Sendo assim, a iluminação seja ela cênica ou natural tem por objetivo destacar, compor e permitir melhor percepção do espaço planejado”.
Arquitetos Eliane Cunha e Rafael Egg, da Anverso Arquitetura.
Foto by Milton Nitta
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Adaptação de matéria publicada pela Revista LUSH
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